BARBIE - O FILME
Bom, eu fui assistir ao filme da Barbie e não posso negar que estava um pouco ansioso para este filme, não por memória afetiva, até porque minha história com a Barbie é um pouco triste. Quando criança, desde muito novo, eu sempre gostei de criar narrativas e histórias, principalmente de luta e guerra. Mas como todos os meus brinquedos eram bonecos (homens) e alguns carrinhos, minhas histórias eram feitas de homens. Literalmente, não existia mulheres no mundo que eu criava, e toda vez que eu tentava pedir um brinquedo que representasse uma mulher, a resposta era a mesma: "isso é coisa de menininha!" Mas eu não queria "brincar de boneca", eu só queria mais personagens para minhas histórias kkkkkk.
Mas de qualquer forma, o filme merece parabéns pelo seu marketing impecável, vendeu-se muito bem. Acho que a única falha foi não ter sido lançado aqui no Brasil na quarta-feira, pois "na quarta usamos rosa" teria sido mais perfeito do que já foi.

Voltando ao filme, vamos começar pelos looks que, sinceramente, só na divulgação eu já queria comprar todos. Agora, no filme, vendo um por um, meu deus, fiquei em dúvida de qual eu quero mais. Figurinos impecáveis. E o roteiro, não tenho do que reclamar. Como disse, a história é extremamente fluida e divertida. Para as meninas de plantão, a memória afetiva vai bater com força, pois o mundo das Barbies foi vocês quem construíram. Mas, para entender, você vai ter que assistir ao filme. Outro aspecto interessante é o fato de termos uma atriz trans, mas gostaria de fazer uma análise sobre a dublagem. Não está ruim, mas fica nítido que colocaram aquela dubladora pelo simples fato dela ser trans. Poxa, uma mulher trans não pode ser dublada por uma mulher cis e vice-versa? Dá a entender que estão fazendo uma "cota" para ter um número mínimo, mas esse número só pode ocupar um espaço certo, pré-determinado e nada mais. Essa é uma crítica à dublagem, ao Studio do Brasil que dublou o filme, e não ao filme propriamente dito.
Existe a possibilidade de algumas pessoas ficarem um pouco ofendidas com as falas do filme, principalmente se você tem "masculinidade frágil", pois a Margot Robbie não pegou leve nas piadas aos homens e muito menos nas críticas sociais. E já que a Mattel deu carta verde para a produção, só podemos levar na brincadeira e rir. Claro que as críticas sociais são muito importantes, mas não leve para o coração. Não são ataques diretos a ninguém, apenas uma outra perspectiva.
Bom, dessa vez não darei nota para os atores, pois sendo bem sincero, todos merecem 10, mesmo a Dua Lipa, que somando toda a sua participação em tela, não deve dar nem 1 minuto, e suas falas se resumem em "Oi Barbie, tchau Barbie". Mas sejamos justos, a Dua Lipa não é atriz, e eles recebem por tempo de tela. Manter ela no filme seria um gasto muito grande e desnecessário, principalmente pelo fato de ela não ser atriz. A produção teria um trabalho maior para deixá-la adequada para maiores participações. Por isso, acredito que souberam dosar muito bem, mas é como o nome diz: "participação especial" e não "atriz coadjuvante".
Quase me esqueço da soundtrack. Bom, tirando a Nicki Minaj, que eu, particularmente, esperava mais. Poxa, ela fez o marketing da carreira dela como "Barbie", seu fã-clube é chamado de "Barbz", no mínimo ela deveria ter uma música solo e rasgado o verbo. Agora, simplesmente fazer um remix da música "Barbie Girl" em um feat em que ela praticamente fica como segunda voz me deixou bem triste. Porém, como eu disse, não está ruim, só esperava mais dela. O destaque com certeza vai para Billie Eilish, que, além da música incrível, tem o clipe que mostra simplesmente uma menina preparando seus brinquedos para brincar e interrompe a brincadeira quando começa a chover. Ela tenta resistir, mas infelizmente não tem como. Como eu disse, eu não brincava com a Barbie, mas brincava de boneco, e essa cena é mais tradicional do que se pensa. Ao assistir, não nego que me veio uma lágrima pelas lembranças de momentos equivalentes que passei brincando.
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