CASA MARTA ORTIGÃO SAMPAIO

E aí, Seres Humanos, blz??

E dessa vez estamos perdidos em Portugal! Para começar nossa visita por aqui, eu realizei uma visita técnica com a faculdade à Casa Marta Ortigão Sampaio, uma casa doada à Câmara Municipal do Porto em 1978 pela socialite portuguesa, que gostava de colecionar diferentes acervos artísticos, indo desde pinturas até fotografias. Sua imensa casa, localizada na R. de Nossa Sra. de Fátima, 299, na cidade do Porto, está instalada em um edifício modernista de 1958, projetado por José Carlos Loureiro.

A casa foi aberta ao público em 1996 e está repleta de quadros, móveis, fotografias, joias, entre outros artefatos da época. Alguns são originais, enquanto outros foram recriados. Até os cenários internos foram reconstruídos com base em fotos da época, que ajudaram historiadores e arqueólogos a realizar o trabalho de restauração.

A casa reflete perfeitamente como era a vida da burguesia da época, mostrando desde seus artefatos de necessidade básica até os exclusivos e luxuosos. Em particular, destaca-se o gosto artístico da proprietária, que buscou diversas inspirações, incluindo a estética chinesa em alguns de seus utensílios domésticos. Isso transmite um ar extremamente luxuoso, pois tais artigos eram caros e difíceis de se conseguir, já que dependiam da compra por viajantes ou de viagens a outros países para adquiri-los, o que poderia levar meses ou até anos.

Sua coleção de fotografias, embora particular (fotos de sua família), revela um pouco mais sobre a história daquela época, mostrando roupas e até padrões de comportamento. Em algumas imagens, é possível notar que os homens mantêm uma distância das mulheres, ou vice-versa, indicando um certo conservadorismo dos tempos antigos. Esse comportamento, que ainda pode ser encontrado em alguns pontos, não é tão intenso quanto na época, ao meu ver.

Podemos ver algumas obras-primas de artistas renomados como Silva Porto, Carlos Reis, Malhoa e Roque Gameiro. Além disso, a casa guarda um acervo impressionante de Aurélia de Souza, uma das mais notáveis artistas portuguesas de seu tempo.

Em minha opinião particular, me apaixonei pelos ambientes recriados. Realmente é formidável ver os móveis e a qualidade e praticidade de algumas coisas da época, que durante o tour até me fizeram questionar: "Por que paramos de usar isso?"

A casa também possui um jardim lindo, mas, como infelizmente estava chovendo, minha visita se limitou aos ambientes internos. Por isso, não consegui tirar fotos do jardim. Para aqueles interessados em visitar o local, adianto que a entrada é gratuita para estudantes, algo que é padrão em museus da cidade, salvo os de cunho particular, que variam, sendo alguns gratuitos e outros não.

Em conclusão, diria que vale super a pena ter essa experiência. Inclusive, quero trazer muito mais para vocês e prometo que em breve trarei novidades.



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