THUNDERBOLTS* (NOVOS VINGADORES)
Mas sem muita enrolação: Thunderbolts (Novos Vingadores), ou como eu gosto de chamar, o Esquadrão Suicida da Marvel, traz alguns anti-heróis renegados que já não têm mais validade para o governo. Para encobrir suas ações, eles são enganados e levados para se matar. Porém, antes que todos consigam completar sua missão de "autodestruição", Yelena saca tudo que está acontecendo. Mas isso só é possível quando eles são interrompidos pelo Bob, um cara aleatório que, por coincidência, estava ali para descarte também. A partir dessa leve introdução, nosso time, com fogo nos olhos e muita vontade de sobreviver, decide juntar forças. Mas, além dos problemas com a agência, eles começam a ser caçados pelo Soldado Invernal. Como parte de seu acordo com o Estado americano, ele cumpre missões para levar criminosos e corruptos à justiça. E claro que uma equipe formada por agentes (assassinos) renegados estaria na sua lista para irem depor e entregar mais pessoas envolvidas com tais atos.
Com isso, acredito que não posso falar mais. Agora, dando minha opinião sobre o filme: as coreografias de batalha estão muito bem feitas. Particularmente, tenho ficado um pouco chateado com essa "nerfada" que o Soldado Invernal vem sofrendo desde Guerra Civil. Quase não parece o mesmo personagem que conhecemos no segundo filme do Capitão América. Mas às vezes os roteiristas lembram de o quanto ele é incrível e fazem umas cenas de ação muito interessantes. Outro aspecto legal é a profundidade das relações — que, devo admitir, está anos-luz à frente dos Vingadores originais. Quando víamos a equipe junta, pensávamos em uma relação de colegas de trabalho. Aqui em Thunderbolts*, em apenas um filme, eles conseguiram fazer o que os Vingadores não realizaram em quatro filmes principais: construir uma relação mais profunda entre a equipe. Inclusive, é muito bonito ver a fragilidade da Yelena e sua relação com seu pai, o Guardião Vermelho. Esse lado poderia ter sido muito interessante se tivéssemos visto na Natasha, já que os poucos momentos de fragilidade dela apareceram apenas quando estavam derrotados, e não tinham relação com sua vida pessoal. Consigo me recordar apenas do diálogo dela com o Bruce em Era de Ultron — foi o mais próximo que tivemos de uma Natasha mais frágil. E não estou dizendo que precisamos fragilizar os personagens, mas é sempre importante lembrar que os Vingadores têm sentimentos. E, às vezes, mostrar esses sentimentos faz diferença para nos conectarmos com eles. Não é apenas um Capitão América que passa o filme todo chorando por uma mulher dos anos 80.
No entanto, estamos aqui para falar dos Novos Vingadores, que, afinal, foi um plot twist e tanto! A jogada de marketing da Marvel de trocar inclusive os pôsteres espalhados mundo afora tornou tudo ainda mais interessante, já que muitas pessoas ficaram ainda mais curiosas pelo filme. Mesmo depois de saberem que o nome havia mudado após a estreia — e ainda que muitos não tivessem assistido e pudessem considerar essa estratégia um "spoiler" —, ela se mostrou muito mais assertiva, já que despertou a curiosidade da galera para saber ainda mais como chegaram a isso. E não podemos deixar de falar do Sentinela: mais um personagem "bipolar" ou com "TDI" da Marvel. Esse fenômeno já nos tinha sido muito bem introduzido nos filmes do Homem-Aranha da Fox, com o Duende Verde, e maravilhosamente bem feito na série Cavaleiro da Lua. Aqui, temos não apenas a atuação do ator, que é um fator muito importante para nos convencer de que há duas (ou mais) personalidades em uma só, mas também temos o CGI, que permite sentirmos de fato a "escuridão", o "vácuo" em seu interior. Até mesmo a forma de falar, o ritmo da voz — o ator faz questão de alterar — torna ainda mais interessante esse contraste. Realmente, é apaixonante ver uma produção que de fato se esforçou para trazer um universo muito bem feito.
Uma breve fala sobre os figurinos e a fotografia desse filme, que realmente estão incríveis. Inclusive, adorei as adaptações que fizeram na roupa da Treinadora e da Fantasma — achei mais justas como ficaram. O Agente Americano não teve tanta evolução, tal como a Yelena e o Guardião Vermelho. O Soldado Invernal se mantém no estilo “jaqueta de bad boy” que a gente tanto ama, mas espero um traje mais apropriado para eles. E, por favor: por mais que eu ame tons escuros, acho que podemos variar um pouco — todo mundo de preto e cinza está um pouco demais.
Portanto, posso dizer que esse filme chegou em um momento muito oportuno, e fico ainda mais curioso para saber o que vem pela frente. Estou ansioso para o Quarteto Fantástico, que, para mim, tem grandes chances de ser o filme do ano no universo de heróis.
Comentários
Postar um comentário